sexta-feira, 3 de abril de 2009

Algumas idéias sobre eficiência nos estudos

Olá!
É comum na vida de estudante problemas com a administração do tempo. Muitas vezes, nos esquecemos de dedicar um horário certo aos estudos e isso acaba comprometendo nosso desempenho.
Quero compartilhar com vocês uma técnica simples para planejar a rotina de estudos, creio que pode ser bastante eficiente. Experimentem e, se precisarem de ajuda, falem comigo.
Um abraço,
Rodrigo.

PLANEJANDO A ROTINA DE ESTUDOS
O que iremos fazer é um plano de estudos, que deverá incluir os objetivos que você pretende atingir e como seu tempo será organizado em função disso.

Devemos ter em mente a viabilidade do plano, levando em conta o tempo que você vai dedicar aos estudos.

Não encare seu estudo como algo a fazer nas horas vagas. Ele é importante e merece que lhe seja dedicado tempo.

A primeira coisa a fazer é definir que objetivos você pretende atingir. Sugiro dois, que você pode alterar ou especificar:
a) obter preparação adequada para as disciplinas no segundo bimestre;
b) recuperar os conteúdos nos quais houve dificuldades no primeiro bimestre.

A segunda coisa a fazer é determinar quanto tempo você irá reservar para os estudos. Isso pode ser feito marcando em uma lista parecida com esta:
Segunda: ( ) manhã – ( ) tarde – ( ) noite
Terça: ( ) manhã – ( ) tarde – ( ) noite
Quarta: ( ) manhã – ( ) tarde – ( ) noite
Quinta: ( ) manhã – ( ) tarde – ( ) noite
Sexta: ( ) manhã – ( ) tarde – ( ) noite
Sábado: ( ) manhã – ( ) tarde – ( ) noite
Domingo: ( ) manhã – ( ) tarde – ( ) noite

Após determinar objetivos e tempo reservado, o terceiro passo é distribuir o tempo de acordo com os objetivos traçados, você poderá construir uma tabela e fixá-la em seu quadro de avisos, na sua mesa, ou em qualquer lugar que lhe ajude a ter em mente seu planejamento.

Ao distribuir seu tempo, lembre dos dois objetivos: recuperação de conteúdos do primeiro bimestre e preparação para as atividades do segundo bimestre.

Pense também, ao distribuir seu tempo, que a preparação é uma atividade que pode ser vista como a realização de três etapas (VENTURA, 2009):
1) Preparação para a aula - Contato prévio com material de estudo relativo à próxima aula; Aprofundamento de estudo mediante leituras complementares (marcar textos, fichar, responder exercícios).
2) Participação na aula – esclarecer dúvidas, realizar tarefas, discutir e debater, receber orientações.
3) Revisão de conteúdos – reorganizar o conteúdo trabalhado em sala, rever o material utilizado na preparação.

Tendo isso em mente, procure reservar tempo para preparação, revisão e recuperação dos conteúdos do bimestre anterior.

Para os alunos que podem investir mais tempo, recomendo três horas de estudo semanal por disciplina, dividindo o tempo entre preparação, revisão e recuperação.

Para os que têm menos tempo, recomendo destinar pelo menos uma hora de estudo por semana para cada disciplina.
Vamos experimentar?

EXEMPLO
Plano de Maria Ocupada da Silva, aluna que trabalha 44 horas por semana e faz faculdade, cursa 7 disciplinas e, entre elas, sua prioridade é Direito Ambiental. Durante a semana não tem tempo de estudar, mas procura fazer as refeições na hora certa e não perder sono para não ficar abatida. Os filhos pequenos precisam de atenção e o marido reclama muito. No sábado quer almoçar com a família, ir ao supermercado e ter tempo de fazer alguma coisa com as crianças. Maria Ocupada decide que vai acordar cedo no sábado, de modo que tenha tempo de ir à feira, voltar em casa e chegar no serviço às 8 horas. Meio dia ela vem almoçar em casa, cochila, brinca um pouco com as crianças e vai ao supermercado. Retorna, arruma as compras, faz um lanche com os meninos e vai estudar, sua meta é estudar das 20 horas até meia-noite. No dia seguinte acorda 7 e meia, pretende estudar até meio dia. Almoça com a família e procura descansar ou se divertir o resto do dia.
Maria Ocupada dispõe de 8 horas de estudo por semana, como ela demora um pouco a se concentrar, decide dividir esse tempo em 4 blocos de 2 horas. Estudará uma disciplina em cada um deles. Como Direito Ambiental é sua prioridade, essa matéria será trabalhada todos os finais de semana. Ela decide também estabelecer um ciclo, dedicará duas semanas para recuperação de conteúdos, duas semanas para preparação e duas semanas para revisão do conteúdo. Ela sabe que o tempo que dispõe não será suficiente para dar conta de tudo, mas imagina que essa organização diminuirá seu estresse no período das avaliações.
Seu plano de estudos fica assim:
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Semana 1 (recuperação) – Sábado: matérias 1 e 2 – Domingo: Ambiental e matéria 4
Semana 2 (recuperação) – Sábado: matérias 5 e 6 – Domingo: Ambiental e matéria 7
Semana 3 (preparação) – Sábado: matérias 1 e 2 – Domingo: Ambiental e matéria 4
Semana 4 (preparação) – Sábado: matérias 5 e 6 – Domingo: Ambiental e matéria 7
Semana 5 (revisão) – Sábado: matérias 1 e 2 – Domingo: Ambiental e matéria 4
Semana 6 (revisão) – Sábado: matérias 5 e 6 – Domingo: Ambiental e matéria 7
Semana 7 – o ciclo volta ao início.
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REFERÊNCIA
VENTURA, Magda (Org). Metodologia no Ensino do Direito. Disponível em: <http://www.slideshare.net/professorepitacio/metodologia-no-ensino-do-direito-caderno-de-exerccios>. Acesso em 2 abr 2009.

10 comentários:

  1. To precisando de um plano de ensino msm...estou completamente perdida. =/

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  2. Ensino? Nao, nao! é um plano de estudos* msm

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  3. Bom... eu não sei onde é p/ postar o comentário sobre o texo de Maquiavel, então vai ser aqui mesmo.

    Comentário: Por separar a política da ética cristã, Maquiavel foi visto como um "homem mau" ( sem falar na interpretação, muitas vezes equivocada, de sua máxima, "os fins justificam os meios"). Porém não é bem assim: Maquiavel viveu nos tempos do Renascimento, ele apenas tinha um espírito inovador característico dessa época; ele queria superar o medieval (separar os interesses do Estado dos dogmas e interesses da Igreja). No entanto, vale ressaltar que ele não rejeita radicalmente os valores cristãos e a moral, Maquiavel dizia que para o homem político, o importante é alcançar os resultados desejados, desde que não ultrapassem os limites da moralidade corrente (os limites do que a sociedade está disposta a aceitar como lícito). Exceto quando a segurança do Estado encontra-se ameaçada. Nesse caso, o príncipe pode recorrer ao que se denomina de "razão de Estado", razão pela qual o governante, em prol da segurança do Estado, pode ser levado a infringir tanto a moral corrente quanto as normas legais, em nome da manutenção da ordem interna e da segurança externa.

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  4. Professor o senhor ainda não colocou o post para por os comentários sobre a atividade de hoje(28 de abril)então eu postei aqui mesmo.

    É interessante ressaltar a questão da Moral e da Política. Maquiavel admite que ambas se estendem no campo da ação humana, porém se distinguem por terem critérios distintos de avaliação e justificação das ações. O critério de julgamento da ação moral é o respeito à vida humana pela regra “não matarás”. O critério de julgamento da ação política é o resultado dessa ação praticada em nome do coletivo. Isso não seria claramente a idéia de que os fins justificam os meios? Então no caso os interesses do Estado se sobrepõem aos dos indivíduos? Um Estado não deve assegurar o bem-estar de todos, tanto em relação á coletividade quanto em relação à individualidade de cada um? Se sim, então Maquiavel se baseia em Aristóteles, já que ele fala que o bem de toda a comunidade precede ao do indivíduo? E por fim, a moral e a política não teriam que “andar de mãos de dadas” para que Estado caminhe em direção a justiça? Esse é o ponto que eu queria frisar e também estas são algumas de minhas dúvidas.

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  5. Renato Gonçalves de Sá28 de abril de 2009 às 22:11

    Sobre o texto de Maquiavel:

    Na segunda metade do artigo, a autora explica que Maquiavel propõe uma distinção entre a ética individual (baseada em concepções cristãs), e as exigências de um governo. Para Maquiavel, as necessidades do Estado são superiores, e não devem se subordinar aos conceitos morais que regem a vida do indivíduo. Ele rejeita a noção de valores éticos absolutos que não levam em conta o tempo e o lugar onde se praticam as ações, e o mais importante: a que resultados elas levarão. Antes de se pensar se um movimento político é ético ou não, deve-se dar maior importância à sua eficácia.

    Para o homem político é necessário alcançar seus objetivos sem no entanto ultrapassar os limites de moralidade que a sociedade está disposta a suportar. Pois isso poderia torná-lo alvo da revolta de seus súditos.

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  6. Já que não encontrei o post para colocar os comentários referentes ao texto, vou colocar o comentário aqui mesmo.

    Na página 188 uma parte importante que observei foi quando o autor disserta sobre a Fortuna e a Virtù dizendo que a Fortuna só exercerá poder onde não encontra uma virtù ordenada sendo está à qualidade capaz de dominar a Fortuna. Um príncipe que apóia-se somente na fortuna irá arruinar-se pois os tempos mudam e se não acomodar seu modo de agir com a situação irá se arruinar.

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  7. Na segunda parte do artigo a autora comenta sobre o tratamento moral dado por Maquiavel à política. Maquiavel recusa qualquer ética individual absoluta como orientadora da ação política, que tem exigências próprias; o príncipe deve ser capaz de simular e dissimular e de defende a reintegração dos fins morais na ação política, mediante a reconciliação entre os valores correntes e as condições da eficácia da ação política. O que amarra todo o discurso de Maquiavel são basicamente dois pressupostos: a idéia de uma constância da natureza humana e o poder do interesse próprio na determinação dos comportamento. Maquiavel é por vezes mal interpretado por sua famosa frase "os fins justificam os meios", porém a violência não deve ser perpetuada e sim administrada para garantir a ordem e a segurança do Estado. O bem comum se sobrepõe ao bem individual.

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  8. o comentario acima é de Nathália Araújo!

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  9. Não há post para comentários, então irei dissertar sobre o texto dado em sala aqui mesmo.

    Um aspecto importante levantado por Raquel em sua obra, é da discussão que Maquiavel faz sobre as possibilidades de ação do príncipe, ele diz que a liberdade do homem está longe de ser absoluta. Para Maquiavel, a Fortuna é o conjunto das circunstâncias que possam cercar nossas ações, e de alguma forma, determiná-las. Ela demonstra sua força, mas não encontra uma virtù ordenada. Um príncipe não pode apoiar-se exclusivamente na Fortuna, é preciso que ele se acomode o seu modo de agir à natureza dos tempos.
    Para Maquiavel, a qualidade capaz de dominar a Fortuna é a virtù, é saber aproveitar uma circunstância favorável. Para ele, virtù é a "capacidade de produzir história". De acordo com o autor da obra, "quanto mais desafiadora for a fortuna, maior a glória do príncipe que a dominar".
    Para ilustrar tal fato, ele usa como exemplo o caso da Itália da época, em que para que o país se liberte das mãos dos bárbaros, é preciso que o príncipe crie novas leis e um novo regime, é preciso também prover-se de exércitos próprios e comandá-los com virtù para resistir bem aos estrangeiros. Para concluir, de acordo com Maquiavel, não há possibilidade de ação fora da vida terrena.

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  10. Na segunda parte do texo a autora comenta a respeito da fortuna e da virtú para Maquiavel, na qual considera que o principe que se apoia somente na Fortuna irá arruinar-se, pois Fortuna são apenas circunstâncias que cercam nossas ações,sorte boa ou má, propícia ou desfavorável, e o príncipe deve se apoiar em verdades, naquilo que é concreto e não somente na sorte, deve ter também vontade dirigida para um objetivo (o bem comum) e energia para isto. O objetivo do príncipe é manter o Estado em bom funcionamento e ao mesmo tempo controlar a Fortuna.
    A qualidade capaz de dominar a Fortuna é a Virtú, pois o príncipe deve sempre agir com ímpeto para dominar a Fortuna de modo favorável a segurança do Estado, mas que também tragam prestígio para si mesmo. Maquiavel conclui que o homem que possuísse a Virtú no mais alto grau seria agraciado com a Fortuna, que é caracterizada por honra,riqueza,glória e poder.
    É destacado também o uso da força , que é necessário, mas que deve ser complementada com a Virtú, de modo que possa haver a manutenção do poder do príncipe.

    Natália Borges

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