quinta-feira, 30 de abril de 2009

Raízes do Brasil

Queridos alunos,
É com satisfação que publico o texto elaborado pela colega Márcia Perfetti em nossa primeira prova.
Os comentários de todos são bem vindos!
Rodrigo.
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Contribuição de “Raízes do Brasil” para a compreensão do Estado Brasileiro
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Márcia Christina Reis Perfetti
Aluna do 1o período do Curso de Direito – UNDB
Texto elaborado para a primeira avaliação da disciplina Ciência Política
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A obra “Raízes do Brasil” de Sérgio Buarque de Holanda tenta realizar uma arqueologia nacional em busca da identidade do brasileiro. Estuda origens e condutas da vida privada e seus reflexos na vida pública do brasileiro. Ele inicia sua análise na colonização do país, estudando os valores do colonizador ibérico e como estes valores vão contribuir para a identidade nacional.
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O primeiro valor apontado é o culto à personalidade, o culto à fidalguia e à distinção que inaugura a mentalidade das hierarquias pré-estabelecidas e dificulta a visão de igualdade que um povo que vai inaugurando sua história necessita para se identificar. Vai se fundando a mentalidade personalista, que impõe sua autoridade através da obediência.
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Outro traço social mencionado pelo autor é a tendência aventureira desse primeiro colonizador. O português é avesso ao trabalho. Holanda se utiliza da classificação dos tipos-ideais de Weber e demonstra que a mentalidade da aventura visa ao enriquecimento fácil e rápido. De acordo com essa mentalidade, a colonização não foi um ato planejado, mas feita às pressas, sem projeto. Houve no Brasil antes feitorias que colônias, marcadas pelo latifúndio e trabalho escravo. A aventura leva à adaptação, que segundo o autor, pode ser observada nos traçados das primeiras cidades, que são construídas de acordo com o relevo.
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A formação de latifúndios leva a uma ruralização da sociedade e seus valores se manifestam em seu núcleo: a família, primeiro espaço de socialização. O apego dos brasileiros aos valores familiares o torna emotivo e irracional nas outras esferas da vida em sociedade. Os valores rurais e patriarcais ultrapassam a esfera familiar e atingem a vida pública. A coisa pública é a extensão da família.
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A impessoalidade e a livre concorrência, valores da vida pública, são desconsideradas nesse funcionalismo patriarcal ou familismo amoral. Vida privada e valores públicos não se diferenciam e é aí que se observa a grande contribuição sociopolítica de “Raízes do Brasil”: a identidade do brasileiro como o homem cordial. Segundo as palavras do autor:
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Já se disse, numa expressão feliz, que a contribuição brasileira para a civilização será de cordialidade – daremos ao mundo o “homem cordial”. A lhaneza no trato, a hospitalidade, a generosidade, virtudes tão gabadas por estrangeiros que nos visitam, representam, com efeito, um traço definitivo do caráter brasileiro, na medida, ao menos, em que permanece ativa e fecunda a influência ancestral dos padrões de convívio humano, informados no meio rural e patriarcal (Holanda, 1995).
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O apego ao valores da afetividade, a incapacidade de separar o público do privado, o distanciamento dos rituais e a falta de polidez e civilidade geram o homem cordial. O homem cordial existe nos outros, ou seja, sua existência só possui sentido se estiver emocionalmente inserido na sociedade.
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Esta vontade de tudo transformar em proximidade, de tudo atribuir valor emocional impedem que a vivência pública no Brasil seja desprovida de “vícios”, como o clientelismo e o nepotismo.
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Mesmo quando a urbanização se acentua, a partir do século XIX e quando mudanças políticas vão se orquestrando e tentando realizar uma mudança no cenário nacional, predominam os valores do homem cordial. Este impede o progresso político brasileiro e para o autor, até “a Democracia no Brasil foi sempre um lamentável mal-entendido” (Holanda, 1995). Ainda sobre a democracia completa sua análise histórica:
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Uma aristocracia rural e semifeudal importou-a e tratou de acomodá-la, onde fosse possível, aos seus direitos e privilégios, os mesmos privilégios que tinham sido, no Velho Mundo, ao alvo da luta da burguesia contra os aristocratas. E assim puderam incorporar à situação tradicional, ao menos como fachada ou decoração externa, alguns lemas que pareciam os mais acertados para a época e eram exaltados nos livros e discursos (Holanda, 1995).
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Embora Holanda não ofereça soluções para mudanças sociais e políticas no Brasil, ele explica muito bem as razões do atraso e da estagnação.
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REFERÊNCIA
HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. 26.ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Constituição e política: uma relação difícil

Olá pessoal!
Esta postagem servirá de espaço para os comentários relativos ao texto:
BERCOVICI, Gilberto. Constituição e política: uma relação difícil. Revista Lua Nova, n.61, 2004. p.5-24.
Ao ler, fiquem à vontade para postar suas dúvidas e comentários.
Procurem dialogar entre si, respondam aos comentários dos colegas.
Dicas para participação:
1. não perca seu tempo fazendo comentários gerais sobre o texto todo;
2. comece sempre identificando uma idéia interessante no texto, identifique a página;
3. desenvolva seu pensamento a partir dessa idéia.
Sejam felizes.
Rodrigo.

Pessoal,
Li seus comentários e gostei de seu trabalho.
Fiz algumas anotações obre cada um deles, publico aqui esperando que sejam de auxílio.
Obrigado pela participação de todos.
Rodrigo.

Carlos,
A grande diferença entre direito natural e direito positivo é que este último é criado pelo Estado.
É preciso destacar que o direito natural não é necessariamente fundamento do direito positivo. É possível, inclusive, haver normas jurídicas que contrariem ou ignorem o direito natural.
Finalmente, é possível entender direito natural em vários sentidos:
1. como correspondendo à ordem do cosmos, a uma certa harmonia do universo;
2. como expressão da vontade divina;
3. como requisitos lógicos para a existência do próprio direito;
4. como fruto da evolução histórico-cultural de uma sociedade.

Marlon,
Sua contribuição sintetiza adequadamente o texto, mas as últimas três linhas ficaram um pouco confusas.

Ana Vanessa,
Sua contribuição também sintetiza de forma apropriada uma parte importante do texto.

Nathália Araújo,
Gostei muito de seu comentário. É inteligente, está redigido com perfeição e traz a identificação dos trechos do texto que comenta.
De fato, a Constituição por si só não basta, ela é parte integrante do processo político.
Isso nos remete a um tremendo problema, que é repensar a idéia de divisão de poderes.
Hoje no Brasil, devido a certa descrença nas instituições políticas, há uma tendência a fazer do judiciário tábua de salvação.
O judiciário é, sem dúvida, o grade guardião da legalidade, mas não é seu papel legislar, nem administrar o país.

Célio Dominices,
Sua contribuição destaca uma parte relevante do trecho. Gostei de você ter indicado a página. A redação pode ser melhorada, mas o texto está legível.
Acho importante lembrar que a Constituição, além de seu conteúdo político, também traz as regras do jogo e os limites para o exercício do poder.
Realmente, são os procedimentos que permitem alcançar algum consenso e legitimidade em uma sociedade complexa.

Bruno Dominici,
Sua contribuição precisa de coesão.
Quando você fala de perceber de forma realista o papel da constituição no jogo político e relaciona a isso a idéia de preservar uma estima constitucional, me parece que você juntou duas concepções diferentes na mesma cesta.
Fica parecendo que você juntou Loewenstein e Canotilho. Um falando que deve se ver o papel da constituição com os pés no chão, o outro propondo que a constituição é um documento superior que não pode ficar à disposição do legislador.
Perceba que as idéias de ambos são bem diferentes. Eles não estão racionando na mesma direção.
Do final da quarta linha ("por fim...") até o final da sétima ("... constitucional") o texto não faz sentido.
As últimas duas linhas reafirmam algo óbvio, porém verdadeiro, mas não tem relação com o restante do texto.
Recomendo trabalhar a questão da coesão e coerência textuais.

Maquiavel: um diálogo com Raquel Kritisch

Olá pessoal!
Desculpem o atraso na postagem, colei seus comentários abaixo.
Gostei bastante do texto da professora Raquel Kritsch, ao ler, a sensação que tive foi de estar tendo um diálogo muito agradável. Desse diálogo apresento dois tópicos sobre os quais articulei alguma reflexão.
Um abraço,
Rodrigo.
MAQUIAVEL: um diálogo com Raquel Kritisch
O primeiro tópico, que de início destacou-se, foi a relação entre o Maquiavel teórico e o Maquiavel prático. De fato, o discurso teórico no Príncipe estava a serviço de uma certa finalidade, a de "libertar e pacificar a Itália" (KRITSCH, 2001, p.181), mas, ao mesmo tempo, esse discurso teórico precisava ser consistente do ponto de vista racional.
Isso demonstra a relação sempre presente, embora nem sempre óbvia, entre a especulação racional e as crenças e objetivos de seus autores. Demonstra também que a boa especulação é aquela que preserva em seu discurso, a despeito de suas motivações, a coerência e a capacidade de convencer.
Se Maquiavel tivesse feito apenas um discurso ordinário em prol da libertação da Itália, ele não estaria sendo lido e discutido hoje, quase 500 anos depois de ter sido publicado pela primeira vez, em 1532. Esse é o traço marcante das obras clássicas, a sua perenidade, a capacidade de continuar dizendo alguma coisa, mesmo muito tempo depois de escritas.
O segundo tópico diz respeito à idéia de uma moralidade instrumental, presente no Príncipe, em oposição a uma moralidade substantiva e absoluta. Essa moralidade política deriva sua natureza instrumental do fato de estar subordinada à consideração dos comportamentos alheios e à influência destes comportamentos para a manutenção do poder.
A autora se refere a isso ao relacionar moralidade instrumental e estabilidade no poder, diz ela: "A durabilidade de um principado requer algum grau de legitimação pelos súditos, que não se rebelarão nem deporão o soberano enquanto acreditarem existir alguma razão para lhe obedecerem" (KRITSCH, 2001, p.183).
Por conta disso, o Príncipe nem sempre fará o certo, mas terá de fazer sempre o necessário, pois "Uma ética individual pode produzir santos. Mas não produz a política. Pois a ação social é aquela que se refere aos outros, e não aquela tomada em si mesma segundo a consciência de cada um" (KRITSCH, 2001, p.186).
Quando se reflete sobre moralidade como um instrumento, o resultado é sempre perturbador. Preocupado, fica-se a indagar sobre a dualidade entre ética moral e ética política e sobre os sacrifícios que esta última parece impor à primeira. Diante deste dilema, não há quem não se pergunte se seria capaz de sacrificar aquilo que julga correto por aquilo que seria necessário e vice-versa.
Dessa pergunta decorre uma outra, desta vez sobre os limites da ação política. Indaga-se: até que ponto se deve ir para conquistar e manter o poder? Uma chave para tal questão pode ser extraída do texto da autora, quando ela afirma "Arruinar-se não é só perder o poder mas também a possibilidade de realizar qualquer bem" (KRITSCH, 2001, p.185).
Concordando com a afirmação da autora, de que a detenção do poder permite realizar algum bem, é possível resgatar um propósito não apenas instrumental, mas moral, para conquistar e manter o poder. Esse própósito pode justificar os meios, entretanto, o limite a ser considerado, o momento de recuar, é quando os meios implicam no sacrifício dos fins almejados.
Um exemplo desse raciocínio, voltando aos tempos de Maquiavel, seria o caso de um princípe que, para libertar e pacificar a Itália, se visse diante da opção de entregá-la como província de uma potência maior, que empregaria então de violência constante para subjugar o país. O príncipe, nesta hipótese, estaria empregando meios que implicariam no sacrifício de seu próprio poder soberano, bem como no sacrifício do bem que gostaria de realizar.
Portanto, a política requer uma moralidade instrumental, com a condição de que esta não leve ao sacrifício do bem que se poderia realizar.
REFERÊNCIA
KRITSCH, Raquel. Maquiavel e a construção da política. Revista Lua Nova, n.53, 2001. p.181-190.
COMENTÁRIOS DOS ALUNOS
nathalia thereza disse...
Bom... eu não sei onde é p/ postar o comentário sobre o texo de Maquiavel, então vai ser aqui mesmo.Comentário: Por separar a política da ética cristã, Maquiavel foi visto como um "homem mau" ( sem falar na interpretação, muitas vezes equivocada, de sua máxima, "os fins justificam os meios"). Porém não é bem assim: Maquiavel viveu nos tempos do Renascimento, ele apenas tinha um espírito inovador característico dessa época; ele queria superar o medieval (separar os interesses do Estado dos dogmas e interesses da Igreja). No entanto, vale ressaltar que ele não rejeita radicalmente os valores cristãos e a moral, Maquiavel dizia que para o homem político, o importante é alcançar os resultados desejados, desde que não ultrapassem os limites da moralidade corrente (os limites do que a sociedade está disposta a aceitar como lícito). Exceto quando a segurança do Estado encontra-se ameaçada. Nesse caso, o príncipe pode recorrer ao que se denomina de "razão de Estado", razão pela qual o governante, em prol da segurança do Estado, pode ser levado a infringir tanto a moral corrente quanto as normas legais, em nome da manutenção da ordem interna e da segurança externa.
28 de Abril de 2009 21:15
Carlos Oliveira disse...
Professor o senhor ainda não colocou o post para por os comentários sobre a atividade de hoje(28 de abril)então eu postei aqui mesmo.É interessante ressaltar a questão da Moral e da Política. Maquiavel admite que ambas se estendem no campo da ação humana, porém se distinguem por terem critérios distintos de avaliação e justificação das ações. O critério de julgamento da ação moral é o respeito à vida humana pela regra “não matarás”. O critério de julgamento da ação política é o resultado dessa ação praticada em nome do coletivo. Isso não seria claramente a idéia de que os fins justificam os meios? Então no caso os interesses do Estado se sobrepõem aos dos indivíduos? Um Estado não deve assegurar o bem-estar de todos, tanto em relação á coletividade quanto em relação à individualidade de cada um? Se sim, então Maquiavel se baseia em Aristóteles, já que ele fala que o bem de toda a comunidade precede ao do indivíduo? E por fim, a moral e a política não teriam que “andar de mãos de dadas” para que Estado caminhe em direção a justiça? Esse é o ponto que eu queria frisar e também estas são algumas de minhas dúvidas.
28 de Abril de 2009 21:23
Renato Gonçalves de Sá disse...
Sobre o texto de Maquiavel:Na segunda metade do artigo, a autora explica que Maquiavel propõe uma distinção entre a ética individual (baseada em concepções cristãs), e as exigências de um governo. Para Maquiavel, as necessidades do Estado são superiores, e não devem se subordinar aos conceitos morais que regem a vida do indivíduo. Ele rejeita a noção de valores éticos absolutos que não levam em conta o tempo e o lugar onde se praticam as ações, e o mais importante: a que resultados elas levarão. Antes de se pensar se um movimento político é ético ou não, deve-se dar maior importância à sua eficácia.Para o homem político é necessário alcançar seus objetivos sem no entanto ultrapassar os limites de moralidade que a sociedade está disposta a suportar. Pois isso poderia torná-lo alvo da revolta de seus súditos.
28 de Abril de 2009 22:11
Marlon disse...
Já que não encontrei o post para colocar os comentários referentes ao texto, vou colocar o comentário aqui mesmo.Na página 188 uma parte importante que observei foi quando o autor disserta sobre a Fortuna e a Virtù dizendo que a Fortuna só exercerá poder onde não encontra uma virtù ordenada sendo está à qualidade capaz de dominar a Fortuna. Um príncipe que apóia-se somente na fortuna irá arruinar-se pois os tempos mudam e se não acomodar seu modo de agir com a situação irá se arruinar.
28 de Abril de 2009 22:57
Nathália disse...
Na segunda parte do artigo a autora comenta sobre o tratamento moral dado por Maquiavel à política. Maquiavel recusa qualquer ética individual absoluta como orientadora da ação política, que tem exigências próprias; o príncipe deve ser capaz de simular e dissimular e de defende a reintegração dos fins morais na ação política, mediante a reconciliação entre os valores correntes e as condições da eficácia da ação política. O que amarra todo o discurso de Maquiavel são basicamente dois pressupostos: a idéia de uma constância da natureza humana e o poder do interesse próprio na determinação dos comportamento. Maquiavel é por vezes mal interpretado por sua famosa frase "os fins justificam os meios", porém a violência não deve ser perpetuada e sim administrada para garantir a ordem e a segurança do Estado. O bem comum se sobrepõe ao bem individual.
28 de Abril de 2009 23:14
Nathália disse...
o comentario acima é de Nathália Araújo!
28 de Abril de 2009 23:16
bruno_loredo1 disse...
Não há post para comentários, então irei dissertar sobre o texto dado em sala aqui mesmo.Um aspecto importante levantado por Raquel em sua obra, é da discussão que Maquiavel faz sobre as possibilidades de ação do príncipe, ele diz que a liberdade do homem está longe de ser absoluta. Para Maquiavel, a Fortuna é o conjunto das circunstâncias que possam cercar nossas ações, e de alguma forma, determiná-las. Ela demonstra sua força, mas não encontra uma virtù ordenada. Um príncipe não pode apoiar-se exclusivamente na Fortuna, é preciso que ele se acomode o seu modo de agir à natureza dos tempos.Para Maquiavel, a qualidade capaz de dominar a Fortuna é a virtù, é saber aproveitar uma circunstância favorável. Para ele, virtù é a "capacidade de produzir história". De acordo com o autor da obra, "quanto mais desafiadora for a fortuna, maior a glória do príncipe que a dominar".Para ilustrar tal fato, ele usa como exemplo o caso da Itália da época, em que para que o país se liberte das mãos dos bárbaros, é preciso que o príncipe crie novas leis e um novo regime, é preciso também prover-se de exércitos próprios e comandá-los com virtù para resistir bem aos estrangeiros. Para concluir, de acordo com Maquiavel, não há possibilidade de ação fora da vida terrena.
28 de Abril de 2009 23:24
Natália Borges disse...
Na segunda parte do texo a autora comenta a respeito da fortuna e da virtú para Maquiavel, na qual considera que o principe que se apoia somente na Fortuna irá arruinar-se, pois Fortuna são apenas circunstâncias que cercam nossas ações,sorte boa ou má, propícia ou desfavorável, e o príncipe deve se apoiar em verdades, naquilo que é concreto e não somente na sorte, deve ter também vontade dirigida para um objetivo (o bem comum) e energia para isto. O objetivo do príncipe é manter o Estado em bom funcionamento e ao mesmo tempo controlar a Fortuna.A qualidade capaz de dominar a Fortuna é a Virtú, pois o príncipe deve sempre agir com ímpeto para dominar a Fortuna de modo favorável a segurança do Estado, mas que também tragam prestígio para si mesmo. Maquiavel conclui que o homem que possuísse a Virtú no mais alto grau seria agraciado com a Fortuna, que é caracterizada por honra,riqueza,glória e poder.É destacado também o uso da força , que é necessário, mas que deve ser complementada com a Virtú, de modo que possa haver a manutenção do poder do príncipe.Natália Borges
28 de Abril de 2009 23:47

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Algumas idéias sobre eficiência nos estudos

Olá!
É comum na vida de estudante problemas com a administração do tempo. Muitas vezes, nos esquecemos de dedicar um horário certo aos estudos e isso acaba comprometendo nosso desempenho.
Quero compartilhar com vocês uma técnica simples para planejar a rotina de estudos, creio que pode ser bastante eficiente. Experimentem e, se precisarem de ajuda, falem comigo.
Um abraço,
Rodrigo.

PLANEJANDO A ROTINA DE ESTUDOS
O que iremos fazer é um plano de estudos, que deverá incluir os objetivos que você pretende atingir e como seu tempo será organizado em função disso.

Devemos ter em mente a viabilidade do plano, levando em conta o tempo que você vai dedicar aos estudos.

Não encare seu estudo como algo a fazer nas horas vagas. Ele é importante e merece que lhe seja dedicado tempo.

A primeira coisa a fazer é definir que objetivos você pretende atingir. Sugiro dois, que você pode alterar ou especificar:
a) obter preparação adequada para as disciplinas no segundo bimestre;
b) recuperar os conteúdos nos quais houve dificuldades no primeiro bimestre.

A segunda coisa a fazer é determinar quanto tempo você irá reservar para os estudos. Isso pode ser feito marcando em uma lista parecida com esta:
Segunda: ( ) manhã – ( ) tarde – ( ) noite
Terça: ( ) manhã – ( ) tarde – ( ) noite
Quarta: ( ) manhã – ( ) tarde – ( ) noite
Quinta: ( ) manhã – ( ) tarde – ( ) noite
Sexta: ( ) manhã – ( ) tarde – ( ) noite
Sábado: ( ) manhã – ( ) tarde – ( ) noite
Domingo: ( ) manhã – ( ) tarde – ( ) noite

Após determinar objetivos e tempo reservado, o terceiro passo é distribuir o tempo de acordo com os objetivos traçados, você poderá construir uma tabela e fixá-la em seu quadro de avisos, na sua mesa, ou em qualquer lugar que lhe ajude a ter em mente seu planejamento.

Ao distribuir seu tempo, lembre dos dois objetivos: recuperação de conteúdos do primeiro bimestre e preparação para as atividades do segundo bimestre.

Pense também, ao distribuir seu tempo, que a preparação é uma atividade que pode ser vista como a realização de três etapas (VENTURA, 2009):
1) Preparação para a aula - Contato prévio com material de estudo relativo à próxima aula; Aprofundamento de estudo mediante leituras complementares (marcar textos, fichar, responder exercícios).
2) Participação na aula – esclarecer dúvidas, realizar tarefas, discutir e debater, receber orientações.
3) Revisão de conteúdos – reorganizar o conteúdo trabalhado em sala, rever o material utilizado na preparação.

Tendo isso em mente, procure reservar tempo para preparação, revisão e recuperação dos conteúdos do bimestre anterior.

Para os alunos que podem investir mais tempo, recomendo três horas de estudo semanal por disciplina, dividindo o tempo entre preparação, revisão e recuperação.

Para os que têm menos tempo, recomendo destinar pelo menos uma hora de estudo por semana para cada disciplina.
Vamos experimentar?

EXEMPLO
Plano de Maria Ocupada da Silva, aluna que trabalha 44 horas por semana e faz faculdade, cursa 7 disciplinas e, entre elas, sua prioridade é Direito Ambiental. Durante a semana não tem tempo de estudar, mas procura fazer as refeições na hora certa e não perder sono para não ficar abatida. Os filhos pequenos precisam de atenção e o marido reclama muito. No sábado quer almoçar com a família, ir ao supermercado e ter tempo de fazer alguma coisa com as crianças. Maria Ocupada decide que vai acordar cedo no sábado, de modo que tenha tempo de ir à feira, voltar em casa e chegar no serviço às 8 horas. Meio dia ela vem almoçar em casa, cochila, brinca um pouco com as crianças e vai ao supermercado. Retorna, arruma as compras, faz um lanche com os meninos e vai estudar, sua meta é estudar das 20 horas até meia-noite. No dia seguinte acorda 7 e meia, pretende estudar até meio dia. Almoça com a família e procura descansar ou se divertir o resto do dia.
Maria Ocupada dispõe de 8 horas de estudo por semana, como ela demora um pouco a se concentrar, decide dividir esse tempo em 4 blocos de 2 horas. Estudará uma disciplina em cada um deles. Como Direito Ambiental é sua prioridade, essa matéria será trabalhada todos os finais de semana. Ela decide também estabelecer um ciclo, dedicará duas semanas para recuperação de conteúdos, duas semanas para preparação e duas semanas para revisão do conteúdo. Ela sabe que o tempo que dispõe não será suficiente para dar conta de tudo, mas imagina que essa organização diminuirá seu estresse no período das avaliações.
Seu plano de estudos fica assim:
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Semana 1 (recuperação) – Sábado: matérias 1 e 2 – Domingo: Ambiental e matéria 4
Semana 2 (recuperação) – Sábado: matérias 5 e 6 – Domingo: Ambiental e matéria 7
Semana 3 (preparação) – Sábado: matérias 1 e 2 – Domingo: Ambiental e matéria 4
Semana 4 (preparação) – Sábado: matérias 5 e 6 – Domingo: Ambiental e matéria 7
Semana 5 (revisão) – Sábado: matérias 1 e 2 – Domingo: Ambiental e matéria 4
Semana 6 (revisão) – Sábado: matérias 5 e 6 – Domingo: Ambiental e matéria 7
Semana 7 – o ciclo volta ao início.
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REFERÊNCIA
VENTURA, Magda (Org). Metodologia no Ensino do Direito. Disponível em: <http://www.slideshare.net/professorepitacio/metodologia-no-ensino-do-direito-caderno-de-exerccios>. Acesso em 2 abr 2009.

Atividade de recuperação do 1º bimestre.

Unidade de Ensino Superior Dom Bosco – UNDB
Curso de Direito
Ciência Política

ATIVIDADE DE RECUPERAÇÃO
Responda as questões abaixo.
Valor da atividade: 2,0 (dois pontos).
Prazo para apresentação ao professor: até 7 de abril de 2009 (terça feira), no horário da aula.
Nenhum conceito excederá 10,0 (dez) pontos, a pontuação que exceder este valor será desconsiderada.


1) Disserte sobre a idéia de soberania.

2) Conceitue jurisdição.

3) Identifique e explique os elementos do Estado.

4) Estabeleça a diferença entre legalidade e legitimidade.

5) Em que consiste a Ciência Política?

6) Defina o que é uma Constituição.

7) Estabeleça a diferença entre poder constituinte originário e poder constituinte derivado.

8) O que são cláusulas pétreas?